Deu no Le Monde, no Le Figaro, n'O Globo, em tudo que é canto. A exposição "Our Body/À Corps Ouvert", será fechada e os cadáveres serão entregues à justiça francesa para que lhes seja dado o tratamento devido. Ao que parece, os corpos provavelmente são de chineses condenados à morte, e não de pessoas que consentiram o seu uso para a ciência como alegado pelos organizadores da exposição.
Esta exposição já esteve em vários países, inclusive no Brasil, sem provocar esse nível de polêmica que está tendo por aqui. Eu fui quando estava em cartaz em Madri, e achei muito impressionante a maneira como os corpos são preservados, a clareza com que mostra a anatomia de músculos, nervos, ossos e órgãos, a forma didática como é apresentada. Mas o detalhe macabro do tráfico de corpos de fato acaba com toda a beleza, por assim dizer, da coisa.
Atualização: Marina me chamou atenção lá nos comentários para o fato de que a exposição que vimos em Madri tinha o nome de "Bodies", e a que está em cartaz aqui em Paris chama-se "Our Body/À Corps Ouvert", logo são de curadorias diferentes e provavelmente com processos de "aquisição de cadáveres" diferentes.
Tentei pesquisar direitinho quem é responsável por cada uma das exposições, mas as informações são bem confusas. Isto porque cada país pelo qual elas passam faz seu próprio site, às vezes traduzem o nome da marca original e, apesar de terem uma empresa internacional que entra com o know-how e, bem, com os corpos, as exibições contam também com investidores e patrocinadores locais. Mas parece que há pelo menos três empresas especializadas diferentes: Body Worlds (responsável pela exibição homônima), Premier Exhibitions (responsável pela exposição "Bodies") e The Universe Within Touring Company (responsável pela exposição "Our Body The Universe Within", ou "Our Body/À Corps Ouvert" na versão francesa). Pelo que entendi, esta empresa aqui na França é representada pela Encore Productions.
A tempo: a exposição que o Hugo Chávez mandou fechar na Venezuela era da marca "Bodies". A que passou no Brasil também, apesar do nome ter sido modificado para "Corpo Humano: Real e Fascinante". E segundo o artigo da Wikipedia sobre a Bodies, há suspeitas de que os corpos desta exibição são provenientes... da China. Mais especificamente de chineses condenados à morte.
3 comentários:
Sinistro heim?!
Aí Moedinha cheias das gírias...
já pensou? Alguém se tratando com ela no Divã e a guria solta um: "sinistro hein donda Fulana?"...
Quanto a notícia...
É aquilo mesmo...sempre sobra pra um chinês!
Sinistro (2)!
May, eu não sei se a exposição de Madrid é a mesma de Paris. Acho que não. Os corpos dessa exposição que a gente viu não eram de chineses e se chamava "Bodies", não "Our Body". São curadorias diferentes. Por isso, acho que elas tiveram processos diferentes de "aquisição" de cadáveres. Credo, que frase macabra!!!!!
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