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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Vivez la langue

Simplesmente linda a campanha "Live the language" da agência de cursos no exterior EF. Feitos pela produtora sueca Camp David e dirigidos por Gustav Johansson, os filmes mostram a vivência de estudantes em cada uma das cidades através do vocabulário aprendido com essas experiências.


Coloquei aqui o vídeo de Paris, mas tem também os de Barcelona, Londres e Pequim nessa página.

Liberdade, Fraternidade e... Igualdade?

Com a afirmação de que a proibição do casamento homossexual está de acordo com a Constituição, a Justiça francesa confirmou hoje que não, gays não podem se casar. A decisão foi anunciada em resposta a uma ação apresentada por Corinne Cestino e Sophie Hasslauer, duas mulheres que vivem juntas há mais de dez anos sob um contrato denominado PACS. Este regime de união civil, que é aberto a casais heterossexuais e homossexuais, não é tão completo quanto o casamento por não abranger diversos aspectos importantes do direito à sucessão. O casal tem quatro filhos: uma menina de dezesseis anos, que é fruto da união anterior de Corinne, e mais três meninos concebidos através de inseminação artificial na Bélgica.

Corinne, Sophie e seus quatro filhos. Fonte da foto: AFP

No direito francês, o casamento ainda é definido como a união exclusiva entre um homem e uma mulher, mesmo que este conceito já tenha sido revisto em diversos países do mundo. A Corte Constitucional foi evasiva na sua declaração e assim adiou mais uma vez a questão, alegando que cabe ao Legislativo decidir se o texto muda ou não. O Parlamento, por sua vez, não vai querer mexer num assunto espinhoso desses; pelo menos não até a campanha presidencial de 2012, quando possivelmente a questão do casamento gay vai criar uma verdadeira batalha política: embora não dê para generalizar, a esquerda é a favor e a direita é muito, muito contra.

Mas, por enquanto, antes e ao invés de levantar bandeiras por votos, todo mundo está levantando o braço e dizendo: "comigo não tá!". Corinne, Sophie, seus filhos e todas as demais famílias formadas por casais gays na França vão ter que esperar até as eleições para, quem sabe, serem reconhecidas como famílias de verdade. Na França, ao que parece, o direito à igualdade depende da opção sexual.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Cerveja Duff dos Simpsons começa a ser vendida na França

Oooyee! A cerveja preferida do Homer Simpson, que já é comercializada na Alemanha, na Bélgica e em alguns países da América Latina, chegou na França.

Na verdade, a Duff da vida real não tem nenhuma ligação com a 20th Century Fox, que só foi obrigada a autorizar a criação do produto porque se esqueceu de registrar a marca e o nome da cerveja fictícia favorita de Springfield. No entanto, a Fox conseguiu um acordo que proíbe a utilização dos personagens do seriado na divulgação, e impôs a condição de que a Duff nunca seja comercializada nos Estados Unidos.

O preço de venda na França gira em torno de 1,50 euros.

Fonte da foto: Saveur Bière

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Quem quer uma Birkin a 35 dólares?

Pra que ficar numa lista de espera interminável e desembolsar pelo menos US$ 7.000 pra ter uma Birkin quando se pode comprar uma por US$ 35?


Bem, evidente que não é uma Birkin de verdade, mas uma espécie de simulacro divertido da it bag. Criada pela Thursday Friday, a Together é basicamente uma ecobag estampada com uma foto da famosa bolsa da Hermès. O produto ganhou tanta notoriedade que já tem uma lista de espera de três meses pra comprar uma.

Moda, teu nome é ironia.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Sobre o amistoso entre o galo francês e a passista brasileira

O galo contra a passista, entre muitas penas e cores. A campanha publicitária do amistoso Brasil x França criada pela DDB Paris para a Fédération Française de Football, apesar de visualmente interessante, reforça mais uma vez o estereótipo do Brasil como o país da mulher-seminua-pra-gringo-ver-no-carnaval. É claro que o conceito é antigo e a agência só usou uma referência cultural de fácil entendimento pro público francês, sem agendas ocultas pra desmoralizar o povo brasileiro. Mas que parece alfinetada, parece.

(É, eu estou sendo bem parcial aqui. Mas vamos esclarecer que o eu-lírico desse texto é a brasileira e não a publicitária).


A partida, que acontecerá no dia 09 de fevereiro no Stade de France, promete ser um embate dos bons, com as duas seleções querendo fazer bonito com suas camisas, treinadores e jogadores novos no primeiro amistoso do ano. Da parte deles, uma provável presunção por enfrentar um freguês em casa. Da nossa parte, espero, muita vontade de ganhar os presunçosos na casa deles e dar o troco pela derrota na final da Copa de 98.

Oxalá que, dessa vez, a passista brasileira depene o galo francês. Que sambe no poleiro dele. Que faça um caldo da galinha azul.

(Desculpem, me excedi nas piadinhas infames e sem graça. A culpa não é minha; quem escreveu isso foi meu eu-lírico sedento de vingança).

sábado, 15 de janeiro de 2011

Arte urbana em Paris: Jef Aérosol na Rue de l'Arbalète

Sim, Banksy é muito legal. Mas na década de 90, quando ele começava a grafitar as ruas de Bristol, já tinha um bocado de gente boa fazendo street art pelo mundo. Um desses caras é o francês Jef Aérosol.

Jef começou a trabalhar com estêncil em 1982, depois de experimentar colagens e distorções de fotocópias na década de 70. Ele foi um dos primeiros a levar a arte para as ruas, e ganhou notoriedade com suas obras provocativas, nas quais ícones pops e personagens anônimos ganham vida em texturas, cores e palavras. O artista atualmente mora e trabalha em Lille, mas já deixou sua marca em cidades como Londres, Veneza, Chicago e Paris.

De acordo com o Flickr do artista, essas intervenções na Rue de l'Arbalète datam de 2007.



sábado, 8 de janeiro de 2011

Propaganda do iPhone na França (e uma paródia da propaganda)

O primeiro vídeo é do anúncio veiculado na TV quando o iPhone foi lançado pela Orange, uma das principais operadoras de telefonia celular da França. Em francês, orange também significa laranja.

No segundo vídeo, uma paródia do primeiro, o usuário baixa um aplicativo que tem a função de encontrar o ponto de venda de maconha mais próximo. Nessa versão, o iPhone é lançado pela fictícia Vert, que significa verde.

Atualização: Para facilitar a vida dos que não falam francês, inseri legendas em ambos os vídeos. Caso você não as visualize, leia essa ajuda do Youtube para ativá-las.



quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Sarkozy remove cera do ouvido e cheira

Tira a cera com o dedo, olha a cera, cheira o dedo. Porra, Sarkozy!

O mercado europeu de smartphones

É fato notório que, em ambientes públicos, os moradores de Paris têm necessidade de portar um escudo, algum objeto que evite o contato com outros seres humanos. Antes, esse escudo geralmente era um livro. Agora, cada vez mais, ele toma a forma de um smartphone.

E aí era uma opinião baseada pura e somente na observação das pessoas no metrô, mas eu sempre achei que não existiam mais telefones de outra marca e que todo mundo por aqui tinha se rendido à Apple. Porque no metrô, excluindo aí os turistas, só se vê gente de fone no ouvido e olhos no próprio iPhone – exceto eu, que fico reparando no iPhone dos outros. Claro que, como toda teoria sem fundamento, a minha suposição estava errada. Mas não totalmente.

Uma pesquisa feita pela comScore apresenta dados recentes sobre o uso de smartphones na Europa. Uma das conclusões do estudo é que em todos os países analisados (França, Reino Unido, Itália, Espanha e Alemanha) a Apple é a que mais cresce em termos percentuais, embora não tenha a liderança do mercado. Pelo menos não ainda.

O Symbian – que embora utilizado por outros fabricantes é quase sinônimo de Nokia – ainda é a plataforma líder com 54,4% do mercado, mas vem perdendo cada vez mais espaço depois do lançamento dos sistemas da Apple (Apple OS) e do Google (Android). Mesmo apostando numa eventual retomada de vendas com o novo aparelho N8, a Nokia perdeu no último ano 14,4 pontos de market share, enquanto a Apple ganhou nove. Na França, o iPhone já vem alcançando a líder e é o segundo smartphone mais vendido do país, seguido de aparelhos Google e Blackberry.

A tendência é que a competição fique ainda mais acirrada. Mesmo com o altíssimo índice de penetração da telefonia celular nos países europeus, o mercado de smartphones ainda tem muito pra crescer. A Nokia que se cuide, porque a Apple já começou uma revolução silenciosa nos metrôs de Paris.

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