segunda-feira, 16 de março de 2009
Tatuagem com rótulo
No escritório não dá pra dizer, estou sempre vestindo camisa, todo formal e cheio de postura. Já no navio, quando estou malhando sem camisa ou me trocando com alguém perto fica claro: caramba, aquele cara ali tem uma baita tatuagem de dragão nas costas! Várias pessoas elogiam, me fazem perguntas ou ficam só olhando com curiosidade. É ate engraçado dar umas viradas repentinas pra trás quando estou caminhando no heliponto e pegando sol. A pessoa finge de um jeito esquisitíssimo que não tava encarando, só falta sair assoviando pro alto e tudo!
Não faço o tipo clássico de cara tatuado, na visão dos muitos clichês sobre o tema. Acho que isso confunde os rotuleiros de plantão. Sabe... não sou marinheiro, músico, Yakuza e por aí vai. Tenho pinta de pessoa que jamais faria isso, entende? Engenheiro branquelinho que usa óculos. Pessoa que usa óculos só pode ser estudiosa e careta, certo? Assim como nos filmes todo estudante/profissional asiático é super inteligente e meio excêntrico. A curiosidade geral passa a ser o porquê de um cara assim ter feito tatuagem. Já neguei ser punk, cultuar seitas esquisitas, ter fetiches envolvendo dragões ou ter prazer em sentir dor. "Não meu filho. Se eu pudesse escolher, o processo da tatuagem não doeria nadinha".
Ah! Lembrança sem nexo sobre o tema: quando estava passeando com a Maíra em uma das trilhas de Bonito (MS), mãe e filha vinham caminhando atrás de mim. Pelo sotaque elas eram paulistas. A filha curiosa e sem perceber que eu estava escutando perguntou pra mãe: “Olha mãe, aquele garoto ali tem uma coisa estranha desenhada nas costas. O que é aquilo?!”. Naquela didática simples, típica das mães, ela respondeu na lata: “É um lagarto pegando fogo minha filha”. Putz... coitadinho do meu dragão.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
hahahahahhahaha... lagarto é sacanagem!!!que coisa chata essas intimidades nesse navio...vc mau chegou na empresa e já tem q pegar sol junto com todo mundo, trocar de roupa, malhar... acho que n ia gostar muito disso n... heheheh...
beijos querido
Se cuida!
Pois é Carol, esquece privacidade e várias outras convenções tb. Em navio de trabalho as regras normais não se aplicam. É caboclo transitando pelos corredores enrolado na toalha, pegando sol de cueca (isso mesmo, cueca!!!) no heliponto e por aí vai. O descompromisso em ter que agradar mulheres, pois aqui não rola nenhuma, traz a tona o primata que vive dentro de nós! Na volta pra terra rola o re-ajuste.
A ultima vez que ouvi algo como "traz a tona o primata que vive entre", não sei não, acho que vc deve estar convivendo muito com esses franceses fazendo biquinho....
Abraços
Wawá
Postar um comentário