No meu embarque anterior, o navio em que estou trabalhando teve que ir a Luanda pra consertar alguns equipamentos. Como espaço no porto costuma ser caro e escasso, ficamos estacionados na baía, junto a uma renca de outros navios. Vendo a cidade de binóculo, fiquei impressionado com a quantidade de prédios sendo construídos. Pra tudo quanto era lado tinha guindaste e estruturas em várias fases de construção.
Um colega me mostrou um site bem legal com um monte de projetos para prédios em Luanda.
Diz o site que a maioria dos projetos já estão aprovados e com verba separada para início das obras. É cada um mais bonito e cheio de estilo que o outro!
Outra característica bem marcante de Luanda é a divisão clara entre o lado pobre e rico da cidade. Olhando para o centro e para a direita, vê-se prédios coloridos e casas bem construídas. Do lado esquerdo fica a favela, ocupando um espaço considerável da cidade.
Os meus colegas que foram a Luanda disseram que a cidade é tão cara quanto Paris ou Londres! Almoço em um restaurante normal, classe média, pode sair de cinquenta a setenta euros, mole. Alugar um apê de 50 m2 na parte mais nobre da cidade custa fácil 2.000 euros! Tudo por causa do petróleo, chamariz mundial para a inflação. Outro exemplo é Macaé, cidade pequena em que o custo de vida se compara ao do Rio de Janeiro.
Nota a respeito dos números: tenho que dar o desconto natural a este tipo de história presenciada por terceiros. Todo mundo sabe que quando se conta alguma coisa, pra marcar a situação e chamar a atenção da platéia, às vezes se aumentam os números, o tamanho das coisas...
Dentre os vários motivos do crescimento de Luanda está obviamente o petróleo, que trouxe empresas de tudo quanto é lado pra cidade. Uma consequência do progresso é o CAN 2010 (Campeonato Africano das Nações) que Angola vai sediar dessa vez. O evento vai acontecer obviamente em 2010 e já é visto na região como um divisor de águas pra mostrar pra geral o quanto o país tem se reerguido depois de anos e anos de guerra civil.
Dentre as informações bobas que obtive, fiquei sabendo que é facílimo importar automóveis no país. Isso pude constatar no meu caminho pro aeroporto e nas conversas com alguns angolanos. Facinho, facinho se vê os tão americanos SUVs top de linha da Toyota, Bentleys, Ferraris e Porsches nas ruas, ainda que os donos vivam em moradias diametralmente opostas à qualidade dos carros.
Tenho várias fotos tiradas do meu celular, durante o trajeto que fiz entre o aeroporto de Luanda e a Guest House da minha empresa (depois explico o que é isso). É um ângulo a mais sobre a cidade que eu gostaria de mostrar assim que aprender a mexer com os malditos cabos e softwares da Samsung. Estou escrevendo um texto sobre a saga de voltar para casa... aguardem e confiem.
1 comentários:
Ai que bom q vc n nos abandonou!!! Ainda não consegui ver a Maíra, acredita?? Mas pelo menos já falei com ela no telefone com tarifa local... hahahah!!! Se cuida!!!
Beijos
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